domingo, 18 de fevereiro de 2007

"Ó quem me dera"

Ainda sinto no peito um bem querer, Por uma beldade agora distante,
Um desejo durante meu viver, De possuir o dito amor diletante,
E quantes vezes me faz padecer, O anseio de abraçar a deusa amante,
Que em miragem consigo vislumbrar, Cega ilusão que nada pode saciar,

Ó quem me dera vert-te com vida, Dentro da minha felicidade,
Quando tu, jóia minha preferida, Superavas as flores em beldade,
Entre as jovens eras a mais querida, Desabrochava em ti a flor da idade,
Graça concedida pelo Criador, Prenda rara, verdadeiro primor.

Sentia-me a renascer quando te via, atraía-me o fulgor, luz do teu olhar,
Para mim eras mais que a luz do dia, sentia-me feliz quando a contemplar,
Teu semblante a expressar alegria, E eu, ansioso querendo te abraçar,
Beijando teus lábios com fervor, realizando ambições minhas de amor,

1/11/95 (Emídio, o emigrante)

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