O dia seguinte ao referendo, foi uma sensação de perda, não de perda eleitoral, no sentido político, sou política por natureza porque por definição o homem é um animal político, mas, de perda enquanto mulher naquilo que ela tem de mais próprio e grandioso, intrinsecamente, a maternidade. O aborto livre, diminui substancialmente a objectividade dessa qualidade.
Que me perdoem os que pensam diferente e eu respeito, mas, a mulher com o aborto liberalizado, n-ao ganha emancipação antes, se escravisa perante aquilo que os moldes da sociedade lhe impõem, directa ou indirectamente.
A emancipação da mulher, a sua dignidade, não passa pelo aborto livre, nem pela despenalização dos seus actos, ditada pelos homens (entenda-se lei), antes, pela sua consciência tranquila perante si própria, como alguém que se diferencia de qualquer outro ser vivo porque tem uma razão para controlar os seus sentimentos e assumir com coragem e determinação os seus actos.
A mulher na sociedade que defende a liberalização do aborto, está escrava da lei, transformando-se em objecto de realização de políticas demográficas. É ela que consome os produtos e os meios anticoncepcionais, incluindo o aborto, que a publicidade lhe leva casa dentro, é ela que se submete à violência do aborto seja em que circunstancia for. É sempre uma violência, para duas pessoas, mãe e filho. Ainda é ela que é seduzida por subsídios à maternidade, quando o país precisa de aumentar a natalidade. No limite, como na China, ainda é ela que é exterminada, porque até há mulheres de mais.
Estou triste, sim. Mas, apesar deste retrocesso, não desisto de ter esperança de que o verdadeiro progresso do seculo XXI ainda vai chegar quando a mulher perceber finalmente, o objecto em que a estão a transformar e como é manipulada pelos que aparentemente a defendem e usando chavões em campanhas e depois as relegam para 2.º plano nos lugares da hierarquia política e social.
Então, dirá, basta! Quero trabalhar e fazer a gestação do meu filho. Seja secretária seja servente, seja gestora, ou primeira ministra. Mas, eu lhes garanto não é a ceder que chegam a esse patamar.
Pessemos nisto!!!
MD
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