domingo, 25 de fevereiro de 2007

Domingo

Jesus nos chama

Duma janela da prisão,
Estende sua mão a convidar,
Pedindo com emoção,
Depresa O venham libertar.

É morto na flor da idade,
Nas calçadas abatido,
Com requintes de crueldade,
Sem piedade, desprotegido.

Dorme também na entrada,
Do tenplo feito em Seu nome,
Que a Igreja fica fechada,
Por medo que alguém a tome.

Indiferentes, passamos,
sem ouvir os seus lamentos,
Dele nos distanciamos,
Sem aliviar-lhe os sofrimentos.

Sabemos que é Senhor e Rei,
Da terra e dos infinitos Céus,
Mas vive em humildade, eu sei,
Ama a todos os irmãos seus.

Se anima quando O vemos,
No leito de uma enfermaria,
Quando as mãos lhe estendemos,
Quanto em nós se delicia.

Nu semblante de algum irmão,
noto jesus bem disposto,
Por ofertar-lhe o coração,
Com ele vive de gosto.

E.E.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

"Arco iris"



Hoje eu recebi dois mails que foram dois focos de luz e calor que aqueceram a minha alma. Vindos de duas criaturas maravilhosas e que eu amo como rebentos meus. Uma está em Curitiva mas eu sinto a sua presença perto, bem pertinho, a outra em Moçambique numa missão de Leigos para o Desenvolvimento. Ambas têm o meu apoio incondicional.

De moçambique recebi fotos comoventes que não publico, como é obvio, e "muitas saudadinhas"...

De Curitiva veio tambem muita saudade e encorajamento, que compartilho, uma parte, neste espaço.
.........
"Agora chove uma chuva leve,
dessas de verão,
a terra exala um perfume de terra molhada,
e a paisagem fica mais verde.
Penso que pode ser Deus ,
que também chora e lava todas as nossas mágoas,
nossas dores e tudo mais,
para depois nos presentear com um belo arco-iris.
ML.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Camélias rubras - foto.de IC.





Lindas, são as camélias, e como são belas,
São rubras, são viçosas, como rostos de donzelas,

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Ao 8º dia do referendo..............

Ia escrever algo sobre os oito dias que decorreram após o referendo. Porém, quando reflecti sobre tudo o que ouvi durante a semana a ilustres comentadores e instituições responsáveis, esbarrei em tantas contradições, abrandamentos e ditos por não ditos que, mantendo eu a mesma e inabalável posição de NÃO ao aborto decidi apenas transcrever um poema em homenagem à criança.

UMA CRIANÇA

Quando feliz, sorri uma criança,
Supera o sorriso duma flor,
Por ter mais vida, encanto e valor,
Um futuro cheio de esperança

Uma criança é um símbolo de amor,
De paz, de um reino encantado,
Vê tudo em sonhos sublimado,
É fascinante seu infante alvor.

Seua beijos são a simplicidade,
A pureza dos anjos dos céus,
O carinho do menino Deus,
A espargir a felicidade.

Nela se vê imenso tesouro,
Uma incomparável riqueza,
Um encanto, singular beleza,
Supera um infinito de ouro.

Atrai o aceno de sua mãozinha,
Renova a vida uma esperança,
Que afasta as mágoas, trás bonança,
Em seu olhar meigo que acaricia,

A criança é o motivo grandioso,
Que uma familia valoriza,
Com a essência que a concretiza,
Em conivio majestoso.

6/9/94 (Emídio, o emigrante)



"Ó quem me dera"

Ainda sinto no peito um bem querer, Por uma beldade agora distante,
Um desejo durante meu viver, De possuir o dito amor diletante,
E quantes vezes me faz padecer, O anseio de abraçar a deusa amante,
Que em miragem consigo vislumbrar, Cega ilusão que nada pode saciar,

Ó quem me dera vert-te com vida, Dentro da minha felicidade,
Quando tu, jóia minha preferida, Superavas as flores em beldade,
Entre as jovens eras a mais querida, Desabrochava em ti a flor da idade,
Graça concedida pelo Criador, Prenda rara, verdadeiro primor.

Sentia-me a renascer quando te via, atraía-me o fulgor, luz do teu olhar,
Para mim eras mais que a luz do dia, sentia-me feliz quando a contemplar,
Teu semblante a expressar alegria, E eu, ansioso querendo te abraçar,
Beijando teus lábios com fervor, realizando ambições minhas de amor,

1/11/95 (Emídio, o emigrante)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

O dia seguinte....!!!

O dia seguinte ao referendo, foi uma sensação de perda, não de perda eleitoral, no sentido político, sou política por natureza porque por definição o homem é um animal político, mas, de perda enquanto mulher naquilo que ela tem de mais próprio e grandioso, intrinsecamente, a maternidade. O aborto livre, diminui substancialmente a objectividade dessa qualidade.
Que me perdoem os que pensam diferente e eu respeito, mas, a mulher com o aborto liberalizado, n-ao ganha emancipação antes, se escravisa perante aquilo que os moldes da sociedade lhe impõem, directa ou indirectamente.
A emancipação da mulher, a sua dignidade, não passa pelo aborto livre, nem pela despenalização dos seus actos, ditada pelos homens (entenda-se lei), antes, pela sua consciência tranquila perante si própria, como alguém que se diferencia de qualquer outro ser vivo porque tem uma razão para controlar os seus sentimentos e assumir com coragem e determinação os seus actos.
A mulher na sociedade que defende a liberalização do aborto, está escrava da lei, transformando-se em objecto de realização de políticas demográficas. É ela que consome os produtos e os meios anticoncepcionais, incluindo o aborto, que a publicidade lhe leva casa dentro, é ela que se submete à violência do aborto seja em que circunstancia for. É sempre uma violência, para duas pessoas, mãe e filho. Ainda é ela que é seduzida por subsídios à maternidade, quando o país precisa de aumentar a natalidade. No limite, como na China, ainda é ela que é exterminada, porque até há mulheres de mais.
Estou triste, sim. Mas, apesar deste retrocesso, não desisto de ter esperança de que o verdadeiro progresso do seculo XXI ainda vai chegar quando a mulher perceber finalmente, o objecto em que a estão a transformar e como é manipulada pelos que aparentemente a defendem e usando chavões em campanhas e depois as relegam para 2.º plano nos lugares da hierarquia política e social.
Então, dirá, basta! Quero trabalhar e fazer a gestação do meu filho. Seja secretária seja servente, seja gestora, ou primeira ministra. Mas, eu lhes garanto não é a ceder que chegam a esse patamar.
Pessemos nisto!!!
MD

domingo, 11 de fevereiro de 2007

soneto ao Dia dos Namorados ou S. Valentim

Clarice

Olhem lá, como é tão bela,
A encantadora Clarice,
É demais é uma doidice,
O que eu sinto por ela,

Quando se chega à janela,
É uma estrela a sugir,
Um olhar meigo a fulgir,
De acalorada chamarela.

Eu fico querendo dela,
Um abraço, um beijo caloroso,
p'ra sentir-me mais animoso...

Ao sentir-lhe o seio mimoso,
De quem sou esperançoso,
De tudo o que tem nela.

(Emídio, o emigrante)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Viva a VIDA

A vida é um bem maior. Como pode haver argumento, que contra ela atente? Não, eu direi não a qualquer forma de atentado à vida, guerra, fome, tortura, escravatura, e, por maioria de razão, direi Não ao aborto.
Ficaria a qui a contar histórias reais de famílas numerosas que lutaram para criar seus filhos, com pobreza mas com dignidade, sim dignidade. Dignidade e muito, muito carinho e amor. Essa é a arma que vence tudo e com ela todas as formas de crime e de morte voluntária acabariam. Era só o homen querer.
Tudo o mais é invenção do mundo egoísta que criamos com as nossas fantasias, os nossos conceitos de felicidade, de estabilidade, de condições para....Como se amar sem limites, precisasse de condições especiais a não ser um coração aberto e disponível.
Claro, que os governantes dos povos são os primeiros responsáveis pela má gestão e redistribuição da riqueza, pela má opção dos projectos de investimento e desenvolvimento, por não darem prioridade a projectos que desenvolvam as infraestruturas sociais e sanitárias, a educação. Quero com isto dizer, que são responsáveis por não reduzirem as causas que levam ou incentivam ao aborto.
Liberalizar, não é solução. Liberalizar o aborto não é um bom caminho para o crescimento, o desenvolvimento, a emancipação de um povo. Quem defende o contrário, está de olhos vendados, para a realidade, para a verdadeira emancipação dos povos.
Pela vida NÂO ao aborto.
MD