Uma Roseira
Trouxe do Além-mar, uma roseira,
E aqui em terra boa conseguiu brotar,
Cresceu viçosa e sobranceira,
Mostrando botões, rosas a encantar,
Qual mãe pelos filhos fagueira
Em seu seio com amor a alimentar,
Uma prole que seduz a quem passa,
Que airosa encanta cheia de graça.
Ao vê-la meus olhos sentem prazer,
Se fartam e eu bendigo aquela hora,
Momento em que me lembrei de a trazer,
Que revestida de beleza agora,
Em minha vida é parte de um lazer,
Que tanto aprecio, que desde a aurora,
Mostra sua prole bela e viçosa,
A engrandecer a mãe carinhosa.
A roseira de espinhos revestida,
Zelosa, protege o fruto do amor,
A família amada cheia de vida,
Que a recompensa com a fina flor,
E o sol do alto agrada a mãe querida,
Beija botões e rosas com ardor,
Expõe em fluorescência quanta atracão,
Floração que espairece o coração.
Emídio Borges, o emigrante, 25/12/95
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