Declamo um canto à minha amada,
Que tanto quero em minha vida.
Eis que à virgem foi consagrada
Por ser bela e por ela querida…
Numa colina sublimada, uma casa
Em seu nome foi erguida.
Sim, eu me lembro da assentada,
Daquela tortuosa subida…
Dos lados a curiosa florada,
Azinheiras, trigo em seguida,
A natureza engalanada,
Tão deslumbrante colorida.
Teu coração, ó terra abençoada,
Os povos do mundo convida,
Porque estás sempre preparada
A acolhê-los a dar guarida.
Em teu seio é sublime a estada,
Que quando chega a despedida,
Uma enorme emoção é notada..
Quantas lágrimas sem medida,
Saudades ao longo da estrada,
Da doce Pátria a Mãe querida.
Ausente dela uma temporada,
Lembro-a ela me convida…
Sou seu filho, lembro a ramada,
Jamais por mim será esquecida.
S. Paulo, 26 de Março de 1988.
Emídio